sexta-feira, 11 de setembro de 2009

História

Há já bastante tempo que este texto aguarda a sua vez, pelo que é hoje o seu dia e o meu esperado regresso, pelo menos de uma forma mais assídua.
A nossa vida é uma pequena história no meio de milhões e milhões de histórias. É efectivamente aquilo que popularmente dizemos, “Uma gota no oceano”. Vivi pouco ou muito, depende da perspectiva das pessoas, mas efectivamente vivi e assisti de bancada a muitos acontecimentos e aí percebemos que as coisas são efectivamente cíclicas, pois temos alguns momentos de prosperidade e outros em que parece que tudo vai desabar.
Algumas das coisas que até agora assisti: A URSS, vulgo União Soviética, deixou de o ser, a Perestroika de Mikail Gorbatchev, levou à separação da grande potência, pôs em evidência o político Boris Yeltsin pois colocou-se em frente a um tanque, muito à semelhança do que aconteceru na praça de Tianamen na China, em que os estudantes universitários pretenderam operar uma revolução e acabaram por acordar consciências, ou melhor chamar a atenção para a China, para a liberdade, ou falta dela neste país, bem como para os direitos Humanos neste país, ou a falta deles. Mas voltando à URSS, nasceram, desta potência uma série de novos países, que continuam a lutar pela sua identidade. A Rússia continua a ser uma grande potência, principalmente a nível bélico e continua a dar cartas na política internacional, principalmente por controlarem mercados tão importantes como o petróleo e o gás.
Mas a nível do mapa da Europa esta não foi a única alteração de fronteiras. Todo o bloco do Pacto de Varsóvia sofreu alterações. Por exemplo o que era mais visível desta divisão de ideais políticos era o muro de Berlim, na Alemanha que separava as duas “Alemanhas”: Alemanha Federal e Alemanha Democrática. Este muro veio abaixo em 1989 e passámos a ter uma Alemanha unificada. Na Roménia o seu ditador foi assassinado e a Jugoslávia do General Tito deixou de existir, marcando o período mais longo de conflito bélico no continente europeu até ao momento (após a Segunda Guerra Mundial). Como em qualquer guerra quem sofre são os do costume: mulheres, idosos e crianças, e nesta não foi excepção. Assistimos a imagens que fizeram recordar os registos existentes sobre a Segunda Guerra Mundial, e os campos de concentração onde se fazia limpeza étnica. Sim isso aconteceu no final do século XX, mais precisamente na década de 90. Deste conflito, nasceram mais uma série de países, mas estas feridas ainda não estão saradas.
Mas não são só coisas negativas, também as há assim, assim e daquelas boas: Portugal entrou na CEE em 1986, e mais tarde a CEE passou a chamar-se União Europeia. De 12, a família de países foi aumentado até chegar ao número actual de países, 27. Ainda há muitos países a querer aderir à EU, e outros que continuam a não querer fazer parte e manter o seu estatuto e a sua neutralidade.
Ganhámos medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos: Carlos Lopes, Rosa Mota, Fernanda Ribeiro, e em 2008 Nelson Évora. Ganhámos medalhas de prata e de bronze. Após quase 20 anos sem ter a selecção de futebol em grandes competições, as coisas começaram a correr melhor, se bem que continuamos sem títulos a nível da equipa principal. O hóquei em patins deixou de ter a importância que tinha, apesar de continuarem a dar cartas e a ganhar medalhas a nível europeu e mundial.
Portugal continua a viver no limbo e na cauda da Europa, mas os portugueses continuam a conseguir sobreviver, são os perfeitos engenheiros financeiros (somos os MAIORES!!!).
Quando eu era miúda, ninguém falava em telemóveis, playstation ou computadores. Hoje não passamos sem estes mecanismos de comunicação como são os telemóveis, ou os computadores e todos os putos sonham ter o último modelo da playstation ou da psp, que é basicamente a mesma coisa, mas com um design diferente. De brincadeiras na rua com os amigos, passou-se a brincar-se em frente a um ecrã, normalmente sozinho. Não se podem deixar os miúdos sozinhos, pois ou são raptados, ou roubados, ou sofrem qualquer outro tipo de violência. Para se fazerem 200 metros até à loja vai-se de carro e depois fala-se do incrível aumento da obesidade, principalmente da obesidade infantil e gastam-se milhares a tentar solucionar o problema, criado pelas tecnologias e pelo marasmo em que as famílias e as pessoas em geral caíram.
Muitas outras coisas se podem dizer, vou ver se me lembro de mais algumas, mas por ora ficamos por aqui.

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