domingo, 10 de junho de 2007

Dia de Portugal

Mais uma data comemorativa neste país à beira mar plantado.
Como foi definido que este seria o dia de Portugal, não faço ideia, reconheço a minha ignorância e prometo que vou tentar descobrir o porquê da escolha. Que o dia de Portugal, ou também conhecido como dia de Camões é dia 10 e é o dia em que se comemora a nossa lusitanidade isso tenho a certeza de que é este dia.
Como tal, comemorações políticas, discursos, mais discursos e novos discursos. Todos os anos discursos. Dizem que devemos fazer assim, agir assado, construir, blá, blá blá!!! Será possível que sempre que entra a questão política nunca iremos passar da porcaria do blá, blá, blá?? Depois dizem que não andamos prá frete. Claro!!!! Seguimos apenas os exemplos que temos. Ninguém nos ensinou a agir de modo diferente. Pelo que, se aqueles que deveriam dar o exemplo, continuam a agir como se nada fosse com eles e aparecem todos os anos com as mesmas ideias, reciclando apenas as palavras (felizmente o português é uma língua riquíssima, mesmo não recorrendo a anglicismos e todos os “ismos” de que nos poderemos recordar). Mas não é da reciclagem que necessitamos!!! Precisamos de efectiva liderança, sem medos, sem cores políticas, sem interesses particulares. Precisamos de acção, de coragem política e efectiva.
Todos sabemos de flagelos como os milhões dispendidos na saúde. Será colocando em risco o futuro da juventude em Portugal, por exemplo com o fecho de maternidades, que vamos resolver esse problema? Não!! Será prevenindo.
Assim como a educação, é fechando escolas, obrigando as crianças com 6 anos a levantarem-se a horas proibitivas, a terem vida de adulto, quando deveriam apenas ser crianças que se resolve o problema? Não estaremos a contribuir para um aumento do abandono escolar ou para um insucesso ainda mais proeminente?
Porque se preocupam tanto com aspectos tão fúteis, quando há problemas na base que não estão resolvidos. Não digo que um aeroporto não seja importante, que uma ligação rápida a Espanha, não tenha a sua importância para o desenvolvimento do país, mas se nem sequer conseguimos diminuir o número de pessoas que abandonam a escola, se a taxa de natalidade continua a baixar, se o desemprego vai aumentado a cada dia que passa, assim como o buraco orçamental. Afinal estão à espera de quê?
Nós estamos à espera de acções concretas. Temos problemas reais, verdadeiros. Olhem para eles efectivamente e apresentem soluções realistas e igualmente verdadeiras para a solução dos mesmos. Temos esse direito, é para isso que se vota, não? Para nos tratarem como gente e não como carne para canhão, o meio mais fácil de fazê-los chegar ao pelouro para resolver os seus problemas pessoais.
Existe uma coisa chamada Constituição da República Portuguesa. Talvez seja já tempo de darem uma olhada nesse documento e se o fizerem com seriedade, pode ser que descubram qual é de facto o papel do político e finalmente Portugal comece a sair da cova que cavou debaixo de si, ao longo deste último século. Ou será que a intenção é passarmos a ser efectivamente mais uma província de Espanha?
Chega então de politiquices. Aquilo que eu gostaria era de ver este país a desenvolver e não a regredir, a definhar como tem feito nos últimos anos. Gostaria que a minoria de portugueses que governam este país, olhassem para os seus concidadãos com respeito e ouvissem aquilo que dizem, em vez de fazerem orelhas moucas e nos matassem aos poucos. Dizem que não temos espírito guerreiro? Ter temos, o que não temos é quem de facto se assuma como verdadeiro líder e nos leve ao topo, onde já estivemos.
Viva Portugal, viva os Portugueses :)

Sem comentários: