quarta-feira, 17 de março de 2010

Efémeros

A vida às vezes prega-nos algumas surpresas e a morte é uma delas. Todos sabemos que a morte é inevitável. Apesar de muitos continuarem a acreditar que é algo que só acontece aos outros, todos morreremos. Sem hora nem dia marcados ela virá e lá se acaba a nossa presença na terra. Presença essa que é efémera. Se pensarmos que a vida é feita de momentos, momentos esses que são efémeros, a nossa vida é também ela efémera, apenas um momento. Podemos apenas viver algumas horas ou até ultrapassar os 100 anos, a nossa vida não deixa de ser um momento. Acham que não? Então pensem lá, que idade tem a Terra? Pois é, somos uma gotinha, um pequeno momento, portanto somos efémeros, somos pequenos, muito pequenos mesmo. Pensamos que somos o centro do universo, mas a realidade é que o universo até estaria de melhor saúde não fosse o nosso exacerbado egocentrismo.
Assim, a máxima que diz, vivam cada minuto como se fosse o último, é válida e se pensarmos no global, em vez de pensarmos apenas no nosso umbigo faz sentido.
Não se esqueçam, daqui a um segundo podemos estar a dar um último suspiro.
Muito negro? Não sei, quando somos confrontados com a morte, ou pelo menos eu, quando confrontada com a morte, penso o que afinal é a vida, o que ando a fazer.
Quero mudar o mundo, mas acabo por me acomodar e volto a olhar apenas para o meu umbigo.
E não me chamem egoísta, estúpida e outros sinónimos ou afins, até porque sabem bem que não estou sozinha neste barco.
Isto está um pouco sem nexo, não está? Deixem lá, a vida também não tem nenhum nexo, portanto, fica tudo em família.

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