quinta-feira, 4 de março de 2010

Sapatos

Hoje um tema um pouco mais fútil, creio que o posso dizer assim de chofre, porque na realidade é de uma estupidez monumental. Pelo menos assim à primeira vista.
Quem me conhece sabe bem como não passo cavaco à moda. Pronto, sei lá é daquelas coisas que não me causa grande fascínio. Não fico de trombas se não tenho o último modelito, se não tenho um brinquedo informático ou outra engenhoca qualquer toda xpto, simplesmente passa-me ao lado. Mas como tenho por hábito dizer, lá poruqe não tenho, ou porque não me causa transtornos, ou não quero, não significa que não veja ou até que comente, o que será o caso.
Para nos localizarmos no tempo, estamos a 3 de Março do ano de 2010. Ontem terça-feira vinha eu ao “encontro” do meu veículo para mais um romântico regresso a casa :), quando passo por uma miúda com uns sapatos que me despertaram a atenção. Sim, é isso mesmo que estão a ler, olhei para uns sapatos. Já não é a primeira vez, desde que iniciou este Inverno que encontro exemplares do género, mas ontem por algum motivo olhei com mais atenção e decidi escrever um post sobre o assunto :)
Não vai sair nada de extraordinário, é certo, afinal estaremos a falar de uma tendência de moda, mas aquele género de sapato é fantástico! :) Não que os calçasse pois parecem incómodos como o raio, mas o conceito é engraçado :)
Pronto, directa ao assunto. Quando me deparo com aquele género de sapatos viajo no tempo. Sim, é isso mesmo, viajo:) Vou até onde? Até ao século XVIII. A primeira imagem que me veio à mente foi a corte do rei D. Luís XIV, o rei Sol, o absolutista francês, mas logo a seguir pensei, mas porque penso na corte francesa, quando poderia pensar na corte portuguesa? Não sei porque isso aconteceu, talvez influências cinematográficas, mas depois restringi-me ao que é nacional. Se repararem bem nas pinturas de D. João V, de D. José I ou até mesmo do Marquês de Pombal, verificam com alguma facilidade que eles usam sapatos com o mesmo design dos dias de hoje. Quer dizer, agora podemos tirar os laçarotes e berlicoques, a maioria não é feita de pele ou tecido, mas o desenho é em tudo semelhante.
Já repararam que só referi personagens masculinos? Não é que as damas não tivessem o mesmo modelo de calçado, mas com aqueles vestidos imensos não estavam tão magnificentemente expostos como os dos homens.
Vejam lá o que os criadores pesquisam e tentam actualizar. Neste caso foram os sapatos em voga no período absolutista :)
Aquele “salto alto”, a “dobra” junto ao artelho, a forma como acabam por afunilar, em tudo semelhantes. Será que mais alguém reparou nas semelhanças de estilo? :)
Eu não disse que era um tema estranho? Mas pronto, queria partilhar este meu pensamento e análise sobre o assunto. Ainda dizem que não se aprende nada com a História!

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