sexta-feira, 12 de março de 2010

Uma amostra

Agora que falei do início do Divagações e da forma como a M. declamava os “poemas” deixo aqui um desses meus textos:

23/12/1992

A noite
Propícia ao sonho,
À fantasia.
Mas eu medito,
Penso, questiono-me
Interpreto o meu mundo,
O mundo que me rodeia.
Noites de insónia
A necessidade de algo
Qualquer coisa que falta
Um espaço por preencher
Um espaço vazio
Não sei se será preenchido
A dor aumenta
A tristeza toma-me,
Domina-me
Tento resistir, mas não consigo
Porque há algo que não existe
Assim a noite é diferente.
Torna-se pesadelo, medo
Deito-me e choro
As lágrimas que não param
Que ninguém consegue parar
E o tempo que corre
Angústia que não tem fim
Tormento que não me deixa
Algo que tem de ser feito
Assim não vou conseguir viver.

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