quinta-feira, 4 de março de 2010

“Porque gostas de mim?”

No final da semana passada fui a uma livraria, como faço com alguma regularidade, simplesmente para ver as novidades ou para ver se algo mês inspira o suficiente para fazer nova aquisição.
Comecei, sei lá bem eu porquê na secção das crianças e logo ali um livro me chamou à atenção. O título era “Porque gostas de mim?”. Basicamente versava sobre o percurso de uma criança com o seu amigo, imaginário ou brinquedo, não me recordo, na busca da resposta para esta questão tão simples.
E agora sou eu que pergunto, será assim tão simples?
Fiquei a matutar nisto e pronto, vai daí, novo post :)
Se alguém se lembrou de fazer um livro sobre esta pergunta, é porque teve algum motivo, até porque escrever para crianças não é assim tão fácil quanto isso. Público exigente :)
Acredito que o autor, ou autora, isso não fixei, enfrentou essa questão e não soube responder na altura e isso leva a reflexão.
Se eu agora chegar perto de um colega, de um familiar e colocar esta questão, será que obtenho resposta?
Cá vai:
“Porque gostas de mim?”
Colocada assim dá que pensar não dá?
Os dias correm a tal velocidade que nem nos apercebemos de coisinhas que para muitos são tão importantes, esquecemo-nos, renunciamos ou pura e simplesmente ignoramos a área das emoções, dos sentimentos. Acima de tudo, chegámos a um tal nível de egocentrismo, da cultura do eu, que nos esquecemos do Outro, de quem está ao lado, de partilhar, de vivênciar em conjunto, mas vivênciar a sério, não é só estar porque sim, porque fica bem, porque é socialmente correcto. Alguma vez viram uma criança a fazer isso? Não, pois não? É que elas ainda não tiveram tempo de aprender essas manhas, mas rápido, rápido elas chegam lá, e, como se está a chegar à conclusão, muitas, transformam-se em “pequenos ditadores”.
Mas voltando à questão inicial e deixando um repto, conseguiriam responder a esta questão, vinda ela de qualquer pessoa? Que resposta dariam? Colocariam esta questão a alguém? Ter sentimentos, ter emoções é humano, faz parte do nosso mapa genético. Experimentem perguntar! Mal não faz e pode ser que se tenham reacções inesperadamente deliciosas.
Acabei de ter uma ideia fantásticas, ou não, irei utilizar uma das redes sociais tão em voga para colocar esta questão e ver quais as reacções.
Ora aqui está, rede social, mas virtual, porque a rede social presencial está cada vez menos presencial :(
Isto é também uma autocrítica :)
Já agora, acabei por comprar um livro com compilações de Agostinho da Silva, esse filósofo intemporal :)

2 comentários:

Miss Lee disse...

hum... naquela livraria que tem um cafézinho gostoso? ui oh pra mim com saudades de Leiria... MEDO!! eheh
um beijio babe

Lucília disse...

É mesmo esse :)
qquanto a saudades, nem imaginas como me faz falta o ar do norte :)